Osteopatas brasileiros conhecem de perto o trabalho realizado na Osteopatia em prematuros na Itália
No período de 14 a 15 de novembro de 2018, os Osteopatas Pediátricos Dr. Mauro Gemelli, de Curitiba, e a Dra. Adriana Lacombe, do Rio de Janeiro, fizeram visitas técnicas a centros de atendimento de Osteopatia em Prematuros em Milão, na Itália. Os profissionais foram recebidos pelo Osteopata Andrea Manzotti, sócio fundador e docente no Instituto Osteopatia Milano SOMA, e referência mundial na área de pesquisas sobre o atendimento osteopático em bebês prematuros na UTI neonatal.
Ao longo dos dois dias, Gemelli e Lacombe acompanharam de perto o trabalho realizado na área, visitaram e participaram de avaliações e tratamento osteopático em bebês prematuros nos hospitais Ospedale de Bambini dei Bambini Vittore Buzzi e UTI Neo do Ospedale Mangiagalli Milano. “Nós tivemos essa grande oportunidade de conhecer e aprofundar o conhecimento deste trabalho único e pioneiro na Osteopatia Pediátrica mundial e que já tornou a Itália numa referência na nossa área. Lá, as pesquisas estão muito avançadas no que se refere ao atendimento osteopático a bebês. Eles já trabalham com a uniformização de avaliação, e do tratamento, processo este em fase de pesquisa, e que nos próximos anos deverá ser acessível para a comunidade clínica”, observou Gemelli.
Segundo ele, vários artigos publicados já evidenciam a eficiência do trabalho realizado na Itália. É o caso de um estudo de 2015, o qual constatou que o atendimento osteopático em bebês prematuros de 29 semanas diminuiu a permanência deles na UTI. A pesquisa revelou ainda que o método reduziu em 1,7 mil euros o custo do tratamento para os pais. “É um resultado extremamente significativo porque além de gerar uma economia aos pais, o bebê sai antes do tempo previsto e o leito fica livre para outro. Para centros que possuem ‘overbooking’ isso é excepcional. Todas as pesquisas realizadas por lá são de alta complexidade e eles usam equipamentos de última geração para mensurar os dados vitais da criança em terapia e cruzam isso com o tempo de permanência no hospital, assim como o custo de internação. Dessa forma, eles conseguem concluir se o tratamento é efetivo para as crianças e os resultados são sempre positivos”, avaliou.
Além de acompanharem o trabalho realizado nos hospitais, Gemelli e Lacombe participaram de avaliações realizadas pela equipe de oito Osteopatas, coordenada por Manzzoti, para as pesquisas de tratamento osteopático em bebês prematuros. “Tivemos a chance de aprender algumas técnicas e também conhecemos grandes profissionais da área médica. É o caso do neurocirurgião Jean Lucca, que apoia a equipe de Osteopatas. Também ficamos impressionados com os hospitais que visitamos, os quais possuem uma excelente estrutura. Só para se ter uma ideia, o centro da UTI é dividido em quatro setores: prematuros extremos, prematuros em eminente alta, o de infecção hospitalar, além de uma sala específica para a pesquisa científica em prematuros”, destacou.